segunda-feira, 16 de maio de 2011

RODA DOS EXCLUÍDOS



‘’Até 1948, mães carentes, geralmente solteiras, que não podiam criar os filhos recém-nascidos, deixavam-nos na Santa Casa, anonimamente. No muro havia um compartimento giratório que recebia essas crianças. Um sino alertava a religiosa de plantão, que retirava a criança e virava novamente a abertura para a rua. As freiras cuidavam da criança, que depois seguia para o asilo Sampaio Viana, no Pacaembu e mais tarde para o Colégio São José. Havia uma ata, em que se registravam as informações deixadas pelas mães. A maioria preferia rasgar um santinho e deixar metade com o filho; quando a mãe buscava de volta sua criança, trazia a metade que faltava, como uma espécie de comprovação da maternidade.’’


Comentário:

Com esse texto podemos chegar à conclusão de que o abandono infantil é algo muito antigo, e permanece até os dias de hoje. Crianças eram deixadas na Santa Casa, onde elas eram cuidadas, tratadas e tinham um lar. Algo de que elas realmente precisavam. Essa iniciativa da Santa Casa ajudou a muitas crianças que poderiam estar nas ruas, sofrendo, mal alimentadas e sendo vítimas de violência.

3 comentários:

  1. Como foi colocado pela colega, desde antigamente o abandono infantil era algo frequente, hoje em dia, há mais instituições que ajudam as crianças abandonadas, estas devem ter o verdadeiro compromisso com a criança, já que algumas infelizmente possuem descaso. Se deve ter uma atenção maior a estas crianças que se encontram fragilizadas devido ao abandono, as políticas públicas deveriam ser mais eficazes já que as crianças são o futuro de nosso país.

    Por Isadora Liz.

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  2. Concordo com o fato de ser antigo,com relatos da pratica antes de cristo,quando era comum mães largarem crianças a propria sorte para não prejudicar a família. Concições sociais e econômicas sempre foram o principal fator de abandono. Porem se analisarmos mais a fundo, pode-se notar que historicamente, o abandono surgiu com a criação da sociedade e toda o conjunto de conciencia e normas que ela trouce. Sendo que,uma criança não planejada,torna-se "socialmente" um erro perante a base cultural pré-definida de certo e errado. A prova mais próxima que temos dessa natural proteção materna,quase um instinto animal,está nas culturas indígenas,que antes do "estupro" cultural português,não conheciam o conceito de abandono.
    Pode-se notar porem que em varias culturas remotas, ao invés do abandono,havia a " lei do mais forte",onde os bebes fracos eram entregue a natureza.Isso pode-se em varias maneiras,ser considerado um abandono,assim como o sacrifício de crianças em diversas culturas pré-colombianas,apesar de relatos descreverem a recusa de abandono dessas progenitoras.

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  3. Interessante comentar que aqui no Brasil, esse problema surge com a colonização portuguesa ( Os nativos brasileiros não abandonavam seus filhos ). As primeiras crianças abandonadas eram fruto da violencia dos portugueses, que por não trazer suas mulheres para o Brasil, violentavam as índigenas e depois as escravas e o "fruto" desta relação indesejada gerava filhos que eram abandonados nas ruas e invariavelmente essas crianças, frágeis, eram devoradas pelos animais de rua, como cachorros e porcos. Como a visão dessa barbárie incomodava a corte portuguesa, os colonizadores financiaram a criação da roda dos expostos pela Santa Casa de Misericórdia.

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